segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

LICENCIATURA EM QUÍMICA - TEXTO APRESENTADO NO DIA 16 DE FEVEREIRO DE 2016


Segundo José Atílio Vanin (1994):

A química é o ramo da ciência que estuda as transformações da matéria. Estas acontecem através das reações químicas – mediante as quais uma substância se transforma em outra, de propriedades muito diferentes daquelas iniciais. Qualidades materiais como resistência ao choque, solubilidade em água, cheiro, sabor, cor, brilho, estado físicos (sólido, líquido ou gasoso) e a capacidade de continuar reagindo podem sofrer alterações drásticas.

Um exemplo simples é a utilização do fogo, além de destruir bactérias que poderiam causar doenças, o cozimento de alimentos como a carne, amido etc, facilita a digestão, assim, o nosso organismo gasta mais energia para digerir carne crua do que para digerir carne assada. Esta economia de energia pode ser utilizada em outro órgão, como o cérebro.

Na revista Scientific American encontramos uma reportagem denominada: Alimentos e evolução humana, nela, o autor William R. Leonard, deixa claro que nosso corpo em repouso dedica 20 a 25% do consumo de energia, em calorias, ao cérebro, principalmente na forma de carboidratos. Primatas não-humanos utilizam apenas 8 a 10% do consumo de energia do corpo quando em repouso. Assim, é possível perceber o quanto o nosso cérebro gasta energia quando comparado ao cérebro de outros animais de organismo parecido ao nosso.

Atividades como a leitura, criações artísticas como a música, pintura etc. Só são possíveis graças ao estado atual e evoluído de nosso cérebro. Para isto o nosso cérebro gasta muita energia, assim, a evolução dele só foi possível graças à evolução da nossa dieta.

Segundo W. R. Leonard (2003):

A ingestão de mais alimentos de origem animal é uma forma de aumentar a densidade calórica e nutricional, uma mudança que parece ter sido crítica na evolução da raça humana. Mas poderiam nossos antepassados ter melhorado a qualidade alimentar de outra forma? Richard Wrangham, da Harvard University, e colegas recentemente pesquisaram a importância do cozimento na evolução humana. Eles demonstraram que cozinhar não só faz com que os vegetais fiquem mais macios e fáceis de se mastigar, como aumenta substancialmente o conteúdo energético disponível, particularmente em tubérculos feculosos como a batata e a mandioca. Quando crus, as féculas não são imediatamente quebradas pelas enzimas do corpo humano. Quando aquecidos, porém, esses carboidratos complexos tornam-se mais digestíveis e, portanto, liberam mais calorias. Os pesquisadores propuseram que o Homo erectus foi, provavelmente, o primeiro hominídeo a usar o fogo para cozinhar há, talvez, 1,8 milhão de anos. Eles sustentam que aquele cozido antigo de vegetais (especialmente tubérculos) permitiu à espécie desenvolver dentes pequenos e cérebros maiores que seus antecessores. Além disso, as calorias extras permitiram ao H. erectus começar a caçar - uma atividade energeticamente dispendiosa - com maior frequência. (...) O cozimento foi claramente uma inovação que melhorou substancialmente a qualidade da alimentação humana. Mas ainda continua incerto quando essa prática apareceu.

Assim o ganho energético obtido nas reações químicas presentes no simples cozimento dos alimentos permitiu a evolução do cérebro da nossa espécie.

Para conhecer mais leiam:



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